Caso roberto Jeferson
g1
A interferência de Jair Bolsonaro (PL) na prisão de Roberto Jefferson (PTB) por descumprir ordens judiciais é um "circo" que prejudica as investigações e "desmoralizou a PF", segundo fontes da corporação ouvidas pelo blog.
Aliado próximo de Bolsonaro, Jefferson reagiu com tiros de fuzil e granada contra os agentes da PF que foram detê-lo por ter descumprido as regras para permanecer em prisão domiciliar —benefício que conseguiu em janeiro, 6 meses após ser levado à cadeia por suspeita de integrar uma organização criminosa que atenta contra o Estado Democrático de Direito.
Diante da crise, Bolsonaro, escalou o ministro da Justiça, Anderson Torres, e o diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes de Oliveira, para irem ao Rio de Janeiro —o que provocou uma revolta da PF, que viu na ação apenas uma operação para blindar o presidente de eventuais desgastes pela crise.
Torres recuou de entrar na casa de Roberto Jefferson por, segundo outra fonte, temer ser alvo de alguma medida do ministro do STF Alexandre de Moraes, autor da ordem de prisão contra o ex-deputado do PTB”.
"Ele [o ministro da Justiça] vem aumentar o circo para o Bolsonaro. Ele dá legitimidade ao ato [de Roberto Jefferson] ao comparecer", diz a fonte. "Quem atira contra a polícia tem que ser retirado por profissionais que treinam para isso."
Além de desmoralizar a PF, a interferência de Bolsonaro no trabalho da corporação prejudica as investigações sobre os atos de Roberto Jefferson deste domingo. Parte dos objetos que estavam na casa foram manuseados por Padre Kelmon —figura que ficou conhecida pela dobradinha com Bolsonaro para atacar o ex-presidente Lula durante o primeiro debate do 2º turno.
"Existe todo um protocolo para apreender um objeto, é descrito onde estava", descreve o agente. "Algumas perícias vão ser feitas e ok. Mas, onde estavam as armas, que digitais tinham nas armas etc. se perderam."
Outro ponto que irritou a PF foi o arsenal encontrado na casa de Roberto Jefferso, usado contra agentes da própria instituição. O ex-presidente do PTB tem registro de CAC, sigla de Caçador, Atirador ou Colecionador, categoria que o presidente da República usou para flexibilizar o acesso a armas pela população.
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