CONSEA
R7 Notícias
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou decreto que recria o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). Durante cerimônia realizada nesta terça-feira (28), foram reempossados os conselheiros e a presidente do grupo, Elisabetta Recine, que faziam parte do quadro do conselho quando ele foi desativado, em janeiro de 2019.
"Se um cidadão tem uma vaquinha que só dá 3 litros de leite, nós vamos te ajudar para que ela dê 100 litros de leite. Se você está colhendo uma saca de feijão, nós vamos te ajudar a colher duas sacas de feijão. E a gente vai garantir que as pessoas que produzirem não vão perder [alimento], porque, se produzir em excesso, o governo vai comprar esse alimento para que a gente distribua onde precisa ser distribuído", disse Lula. "E vamos voltar com a política de preço mínimo para garantir que as pessoas que plantam não tenham prejuízo caso haja supersafra", completou, sem dar mais detalhes.
O Consea, orgão de assessoramento imediato à Presidência da República, é um espaço institucional para a participação e o controle social na formulação, monitoramento e avaliação de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional.
Em 2022, segundo pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, 33,1 milhões de brasileiros não tinham as necessidades alimentares básicas atendidas, e seis em cada dez brasileiros (58,7% da população) vivia com algum grau de insegurança alimentar.
"Vamos tirar o Brasil do mapa da fome e do mapa da insegurança alimentar", prometeu o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
Conselho
Criado em 1993 pelo ex-presidente Itamar Franco, o Consea foi revogado dois anos depois e substituído pelo programa Comunidade Solidária na gestão de Fernando Henrique Cardoso. Ao chegar à Presidência da República em 2003, Lula restabeleceu o Consea e iniciou um período de participação social na construção de políticas na área de segurança alimentar. Em 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desativou o conselho.
Entre as políticas públicas decorrentes da atuação do Consea, destacam-se a inclusão do direito à alimentação saudável na Constituição, a exigência da presença de um profissional de nutrição nas escolas públicas, a aquisição de 30% da merenda escolar junto à agricultura familiar, a criação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para doação a famílias de baixa renda, entre outros.
Agora, o conselho será administrado por Elisabetta Recine, doutora em saúde pública pela Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição (Opsan) da Universidade de Brasília (UnB). Uma de suas principais responsabilidades, apurou a reportagem, será organizar a próxima Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, cuja última edição ocorreu em 2015.
"Todos os desafios enfrentados nesses anos e, em particular na pandemia, demonstraram que as respostas do campo popular podem, sim, transformar a sociedade e as políticas públicas a partir da soberania alimentar", disse Elisabetta durante a cerimônia.
Foi confirmada a posse do novo conselheiro do Tribunal de Contas, agendada para amanhã, 23 de dezembro de 2025, às 1...
No Diário Oficial do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, publicado nesta segunda-feira, 22 de dezembro, foi formal...
Mato Grosso conta com 31,6 milhões de cabeças de gado, criados em 106 mil estabelecimentos rurais, de acordo com dados obtidos na cam...
Faça um comentário // Expresse sua opinião...
Veja os últimos Comentários