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O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), ficou em silêncio em depoimento à Policia Federal. O entorno do ex-presidente vê como positiva a decisão, embora a expectativa é que o militar isentasse o ex-chefe da suspeita de participar de um esquema de fraude em certificados de vacina.
O que aconteceu
Cid, que está preso desde o dia 3, chegou às 14h20 e deixou o local às 15h sem responder a nenhuma pergunta. Ele iria depor dois dias depois de Bolsonaro, que disse à PF desconhecer o esquema para falsificar dados de vacinação. Afirmou ainda que, se o tenente-coronel arquitetou tudo, foi "à revelia e sem o seu conhecimento".
A avaliação da defesa de Bolsonaro é que o silêncio de Cid foi uma estratégia "perfeita tecnicamente". Uma das razões seria o fato de os advogados do ex-presidente ainda não terem tido acesso ao conteúdo do celular de Cid, que foi apreendido pela Polícia Federal.
Para a integrantes da defesa do ex-chefe do Executivo, a decisão de o ex-ajudante de ordens de se calar também sinalizaria que não há previsão de delação premiada.
O tenente-coronel tem outro depoimento à PF marcado na próxima segunda (22). Ele será questionado no âmbito do inquérito que apura o caso das joias dadas ao governo brasileiro pela Arábia Saudita.
Hoje Flávio Bolsonaro (PL) saiu em defesa do pai e disse que "Cid deve "falar por que fez, se é que fez". Em entrevista ao jornal O Globo, o senador diz não saber se o ex-ajudante de ordens "fez tudo isso sozinho". "Sei que o presidente [Bolsonaro] nunca teve um cartão de vacinação falsificado e nunca autorizou ninguém a fazer isso. Ele [Cid] tem que falar por que fez, se é que fez isso."
Cid chegou à PF acompanhado da Polícia do Exército, já que a custódia está a cargo dos militares. Logo após o término da oitiva, o ex-assessor de Bolsonaro voltará à prisão militar, onde está detido desde o dia 3.
Entenda o caso
Homem de confiança e espécie de faz-tudo de Bolsonaro durante o seu governo, Cid foi preso em uma operação deflagrada em 3 de maio pela PF com base em diálogos do seu telefone celular, obtidas por meio da quebra de sigilo.
Segundo a PF, há indícios de que o tenente-coronel solicitou a intermediários a obtenção de certificados de vacinação fraudados que teriam beneficiados parentes seus e de Bolsonaro, com o objetivo de realizar viagens ao exterior e driblar as exigências sanitárias.
A polícia fez busca e apreensão no endereço de Bolsonaro e de outros alvos da apuração. Foram apreendidos telefones celulares e documentos para permitir o aprofundamento das investigações nas próximas semanas.
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