Ao longo da semana, presidente dos EUA vem anunciando uma série de taxas contra parceiros comerciais e sinalizou que novas medidas devem ser divulgadas ao longo do dia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (9) que deve divulgar novas tarifas ao Brasil em breve.
"O Brasil, por exemplo, não tem sido bom para nós, nada bom", disse o republicano a repórteres em um evento com líderes da África Ocidental na Casa Branca.
"Vamos divulgar um dado sobre o Brasil, acredito, no final desta tarde ou amanhã de manhã."
O presidente norte-americano vem anunciando uma série de taxas contra parceiros comerciais nos últimos dias, e mais cedo nesta quarta mesmo, e sinalizou que novas medidas devem ser divulgadas nas próximas horas.
Argélia, Brunei, Iraque, Líbia, Moldávia, Sri Lanka e Filipinas estão entre as nações atingidas por tarifas anunciadas nesta quarta, cujas alíquotas vão até 30%.
Os EUA e seus parceiros comerciais vêm negociando novos acordos comerciais desde que Trump anunciou as chamadas tarifas "recíprocas" em abril. No entanto, desde então, poucos acordos se concretizaram: um com o Vietnã e um com o Reino Unido, além do avanço nas tratativas com a China.
Durante uma reunião de gabinete na terça-feira (8), Trump disse que "uma carta significa um acordo". Mas não parece ser assim que alguns países estão interpretando os documentos.
Nas cartas, o presidente dos EUA escreveu que se opõe particularmente aos déficits comerciais que o país têm com outras nações, o que significa que os norte-americanos compram mais produtos de lá em comparação com a quantidade que suas empresas exportam para esses países.
Trump também disse que as tarifas seriam definidas em resposta a outras políticas que se alinharem à postura do Brics, que ele considera estarem impedindo a venda de produtos norte-americanos no exterior.
O envio começou na segunda-feira (7), com países como Japão e Coreia do Sul sendo atingidos por alíquotas maiores que as anunciadas previamente. E a África do Sul, por exemplo, que foi atingida por uma tarifa de 30%, afirmou que a postura de Trump se baseia em uma visão imprecisa do comércio entre os dois países e que as negociações com os EUA continuarão.
"Ainda aguardamos uma comunicação formal dos EUA a respeito de nosso acordo comercial, mas nossas conversas continuam construtivas e frutíferas. Como já comunicamos anteriormente, não somos antiamericanos", disse à Reuters o porta-voz do Ministério do Comércio da África do Sul, Kaamil Alli.
Naquele dia, o presidente confirmou o adiamento da retomada das taxas maiores que 10%, que estavam previstas para serem retomadas nesta quarta após uma pausa de 90 dias. Trump reiterou que os países visados por suas chamadas tarifas "recíprocas" começarão a pagar em 1º de agosto e que, dessa vez, não haverá prorrogações.
Além dos países na mira das tarifas, Trump também está visando produtos específicos, como já havia feito anteriormente com aço, alumínio, automóveis e peças automotivas.
Nesta semana, foi anunciada a intenção de aplicar taxas de 50% sobre o cobre importado pelos EUA. O secretário do Comércio, Howard Lutnick, disse que esta cobrança deve entrar em vigor entre o final de julho e o dia 1º de agosto.
Além disso, o presidente dos EUA voltou a indicar sua intenção de levantar tarifas contra produtos farmacêuticos, sinalizando que a alíquota pode chegar a 200%. Segundo Trump, as empresas terão um período de um ano para se adaptar e levarem suas produções para dentro dos EUA.
Gabriel Bosa e João Nakamura, da CNN, em São Paulo
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