A votação foi secreta - apesar de questão de ordem apresentada por Girão - e em cédulas, que foram depositadas em uma urna instalada para esse fim. Foram 4 votos em Girão e 4 em Pontes.
Antes da votação, em discurso, Davi Alcolumbre destacou a independência entre Poderes e mencionou os acordos sobre emendas parlamentares, que viraram alvo do Supremo Tribunal Federal (STF) por falta de transparência e mau uso dos recursos públicos.
"Quero ser claro: é essencial respeitar as decisões judiciais e o papel do Judiciário em nosso sistema democrático. Mas é igualmente indispensável respeitar as prerrogativas do Legislativo e garantir que este Parlamento possa exercer seu dever constitucional de legislar e representar o povo brasileiro", disse.
Pacheco e representantes dos candidatos se encarregaram da apuração. Ao fim da contagem, os votos foram triturados. Alcolumbre venceu devido a ter obtido a maioria absoluta dos votos. Ele tomou posse do cargo em sequência.
Em sequência, a Casa Alta vai formalizar e escolher, também em votação secreta, os demais integrantes da Mesa Diretora. Nesse caso, também é exigida maioria de votos e presença da maioria dos senadores.
Quando os membros da Mesa foram confirmados, a matéria será atualizada.
Davi Alcolumbre reuniu apoio de ao menos dez partidos na Casa e retornou ao topo do Congresso Nacional com apoio do presidente da República, Lula (PT). A aliança chama atenção porque o parlamentar já chefiou os trabalhos no Senado entre 2019 e 2021, em pleno Governo Bolsonaro, ao qual foi alinhado.
No novo mandato, passou a chefiar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), pela qual passaram atos importantes para o atual governo, como a reforma tributária e a sabatina dos indicados de Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF) e outros espaços.
O cearense Eduardo Girão apresentou, em discurso, questão de ordem para tornar a votação para a presidência, tradicionalmente secreta, aberta. O pedido foi negado pelo então presidente Rodrigo Pacheco.
Legenda: Eduardo Girão foi um dos candidatos à presidência do Senado.
Foto: Divulgação/Agência Senado
Ele argumentou que a modalidade não é exigida na Constituição, o que exigiria a adoção do princípio da transparência. "Se for voto secreto, é voto no Davi Alcolumbre. [...] Hoje, o Davi é o Golias, e para derrubar esse Golias, precisamos do voto aberto", disse Girão, convocando os colegas a adotarem "a coragem de mostrar publicamente" suas escolhas.
Girão também lembrou que Alcolumbre foi eleito à presidência pelo voto aberto em 2019 e defendeu, à época, institucionalizar a prática. "Ele nunca moveu uma palha nesse sentido. Muito pelo contrário, hoje quem mostrar o voto pode até perder o mandato", afirmou.
fonte diario do nordeste
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