O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV) passará por uma nova expansão nos próximos meses, incluindo famílias com renda mensal entre R8mileR8mileR 12 mil, faixa atualmente não atendida. A medida visa facilitar o acesso à casa própria para a classe média, mas especialistas alertam para os desafios de financiamento diante da escassez de recursos.
Atualmente, o MCMV financia imóveis de até R$ 250 mil para famílias com renda de até R$ 8 mil. Com a mudança, o valor máximo do imóvel subirá para R$ 500 mil, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.
A proposta prevê taxas de juros em torno de 8% ao ano, somadas à Taxa Referencial (TR), totalizando menos de 10% – valor abaixo do mercado imobiliário tradicional. A expectativa é que a medida incentive a compra de imóveis pela classe média, que atualmente enfrenta juros mais altos e condições restritivas no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Os financiamentos para a classe média hoje dependem majoritariamente da poupança, que vem registrando queda nos recursos desde 2021. Com menos dinheiro disponível, os bancos reduziram créditos e aumentaram juros, dificultando a compra de imóveis.
A inclusão dessas famílias no MCMV pode aliviar a pressão sobre a poupança, já que o programa utiliza recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Em 2024, os financiamentos com FGTS somaram R$ 126 bilhões, um aumento de 29% em relação a 2023.
No entanto, o orçamento para habitação em 2025 permanecerá o mesmo, enquanto os recursos da poupança devem continuar em retração. Isso levanta dúvidas sobre a sustentabilidade financeira da expansão.
André Montenegro, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e empresário do setor da construção civil, destaca a necessidade de equilibrar os recursos entre as diferentes faixas de renda.
— "A ampliação é positiva, mas é preciso garantir que os recursos não faltem para as famílias de baixa renda, que são o foco original do programa", afirma.
Corretores avaliam que, com as dificuldades de crédito, a classe média tem optado por imóveis menores, antes destinados a quem tem menor poder aquisitivo. A entrada desse público no MCMV pode reaquecer o mercado, mas também elevar a demanda por imóveis de médio padrão, pressionando os preços.
Próximos passos
O governo ainda deve detalhar como será a distribuição dos recursos e se haverá novas fontes de financiamento para garantir a viabilidade da expansão. Enquanto isso, o setor imobiliário aguarda para ver se a medida conseguirá, de fato, atender a classe média sem prejudicar as famílias mais pobres.
Perspectiva: Se aprovada, a mudança deve entrar em vigor ainda em 2025, mas o sucesso da medida dependerá da capacidade de financiamento e do equilíbrio entre as diferentes faixas de renda.
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