Em entrevista à Rádio CBN, Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá Esporte Clube, disparou duras críticas ao Corinthians, acusando o clube paulista de inadimplência na compra do meia Raniele. Segundo o dirigente, o Timão está desrespeitando acordos financeiros, o que ele classificou como uma “trapaça” no futebol brasileiro.
“O que o Corinthians faz é trapaça: contrata e não paga. Clubes que contratam e pagam começam a perder desses clubes [que não pagam]. E, perder ponto, é perder dinheiro. Tem de ser criadas regras de fair play financeiro para o clube só poder gastar o que ele tem no orçamento”, afirmou Dresch.
O caso gira em torno da negociação de Raniele, realizada em janeiro de 2024, na qual o Corinthians se comprometeu a pagar 2,5 milhões de euros (cerca de R$ 15,5 milhões) ao Cuiabá por 60% dos direitos econômicos do jogador. O pagamento seria feito em quatro parcelas, mas, de acordo com Dresch, apenas a entrada foi quitada.
Diante do descumprimento do acordo, o Cuiabá acionou a CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas), órgão da CBF responsável por resolver conflitos entre clubes.
Crítica à saúde financeira dos clubes
Cristiano Dresch também apontou que a situação do Corinthians reflete uma crise maior envolvendo grandes clubes da Série A, que, segundo ele, estão “vivendo em uma bolha” e próximos da falência.
“Existe uma bolha de papel de dívidas entre os clubes. Essa bolha vai explodir e vários clubes vão quebrar. Tem muito clube grande da Série A que vai falir”, alertou o dirigente.
Ao citar o Corinthians como exemplo, Dresch destacou que o clube enfrenta juros elevados e dificuldades financeiras crescentes.
“Tem clube, por exemplo, que fatura R$ 700 milhões por ano e paga R$ 100 milhões de juros. Como é que o Corinthians, que fatura R$ 800, 900 milhões, paga R$ 200 milhões de juros por ano? Só para o Cuiabá, o Corinthians paga 500 mil de juros por mês. Vai falir, vai quebrar, não tem outro caminho”, disparou.
Propostas de mudanças
Dresch defendeu que o futebol brasileiro precisa de uma regulamentação mais rígida para evitar inadimplências em negociações. Ele espera que novas regras sejam criadas nos próximos anos para evitar o colapso financeiro dos clubes.
“Nos próximos anos, com certeza, vão ser criadas regras que vão coibir essa inadimplência. Foi criada uma fantasia em cima de contratos que não têm nenhum lastro e que vai fazer com que vários clubes quebrem. A partir disso, nós vamos ter uma regulamentação nova”, afirmou.
O caso de Raniele é mais um episódio que levanta debates sobre a necessidade de fair play financeiro no futebol brasileiro, que ainda enfrenta desafios para equilibrar a saúde financeira e a competitividade esportiva entre seus clubes.
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