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Chapada dos Guimarães

GABRIEL NOVIS NEVES

Chapada dos Guimarães

É uma cidadezinha de menos de vinte mil habitantes e a queridinha de todos nós mato-grossenses.

 

Mantêm o seu estilo colonial-rural, mas contaminado pela transformação que a tudo vai destruindo.

 

Suas novas casas estão sendo construídas em modernos condomínios fechados protegidos por cercas elétricas.

 

A cidade foi construída num altiplano de clima ameno, com nascentes, córregos, cachoeiras e proximidade com a capital do Estado para ser um ponto turístico ecológico nacional e internacional.

 

Suas ruas foram planejadas para o uso de cavalos, carroças, charretes e um ou outro automóvel.

 

Antes da descoberta da penicilina era a cidade apropriada para o tratamento da tuberculose pulmonar pelo seu clima rico em oxigênio.

 

Um sobrinho do meu avô Alberto Novis, chamado Álvaro Novis, advogado, construiu uma casa e foi morar com a esposa Nímia Bicudo Novis.

 

Morreu cedo e não deixou descendentes.

 

Era a cidade escolhida para passar a lua de mel.

 

Em 1937, o Presidente de Mato Grosso Mario Corrêa da Costa, pela segunda vez, era um médico cuiabano de família conceituada de políticos. No seu primeiro mandato em 1929, quis enriquecer Cuiabá transformando-a em cidade grande.

 

Construiu para isso a segunda torre da Catedral Metropolitana de Cuiabá e a Praça da República, até então Largo da Matriz.

 

Fez de tudo para transferir a capital do Estado para o altiplano da Chapada com o seu clima ameno e cheio de belezas naturais.

 

Dr. Mario Corrêa da Costa possuía uma enorme chácara que embrenhava pela região da Salgadeira, na Chapada dos Guimarães.

 

Hoje ela não existe mais.

 

Era lá que ele descansava fugindo do calor de Cuiabá.

 

Ia montado em seu cavalo, de terno branco e chapéu, por trilhas e acompanhado por alguns auxiliares.

 

Foi impedido por um problema da natureza na realização do seu projeto da mudança da capital.

 

Chapada não possuía rios para abastecer a nova capital do Estado!

 

Esse problema, com a tecnologia que dispomos atualmente, quando belas cidades são construídas em pleno deserto, seria resolvido facilmente.

 

Assim não prosperou a cidade que chamaria Mariópolis, em homenagem ao então Presidente do Estado Mario Corrêa da Costa!

 

Sua pedra fundamental foi lançada em 1927 próxima ao Mirante.

 

Nossa Cuiabá ficaria pertencendo ao nosso Patrimônio Histórico e da Humanidade.

 

A arquitetura portuguesa seria mantida, com seus casarões, alguns com sobrados e quintais com árvores frutíferas.

 

Suas ruas estreitas e tortuosas, cheias de subidas e descidas, com córregos, tanques, buracos e morros no centro da cidade.

 

Restos de um antigo garimpo que existiu e foi transformado em cidade, graças a proteína do peixe encontrando em abundância no rio Cuiabá, que divide a cidade.

 

O bairro do Porto foi por muitos anos a entrada e saída de Cuiabá.

 

E a Chapada continua linda no Parque Nacional.

 

Gabriel Novis Neves

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