Nem grande tempo, nem muito trabalho me solicita a escrita
Todos escrevemos, mesmo que não seja no papel. Ainda que não escrevamos estritamente, lançamos palavras e dizeres nas linhas da vida. Mas para aqueles que vivem, de modo incorrigível, distraídos das coisas mais importantes.
Aqueles que, com o comum correr quotidiano, se aquietam, ficando autômatos, esquecem-se de muito. Digo isto.
Escrever não pede rigorosamente especialização, letramento ou gramática. Não exige que eu passe numa prova, ou mesmo que eu obtenha nota acima de 7 (sete). Não preciso de diploma, publicação.
Nem grande tempo, nem muito trabalho me solicita a escrita. Porque viver não me pede nada disso.
Mas me quer a inteireza, algo mais dentro do que a minha inteligência, uma coisa mais do que eu posso conter, do que eu possa exercer a ação restrita.
Pede-me amor. Como o amor impede a morte!
Requer de mim coragem para que eu arranque do meu dia a dia o invisível, o mistério, o quebrado. Viver é um rasgar-se e remendar-se.
Um cuidado no olhar e no ouvir. Angelus Silesius disse: “Temos dois olhos. Com um contemplamos as coisas do tempo, efêmeras, que desaparecem.
Com o outro contemplamos as coisas da alma, eternas, que permanecem”. Rubem Alves emendou: “Temos dois ouvidos. Com um, escutamos os ruídos do tempo, passageiros, que desaparecem. Com o outro ouvimos a música da alma, eterna, que permanece.”
Quando escrevemos o livro da vida somos pescadores… quem sabe querendo um pegamos outro.
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