Execução de sargento completa dois meses e suspeito ainda está foragido

João Aguiar

O homicídio do sargento da Polícia Militar Odenil Alves Pedroso completa dois meses neste domingo (28) e o homem apontado como autor do assassinato, Raffael Amorim de Brito, segue foragido - mesmo estando com a "cabeça a prêmio", uma vez que o Governo de Mato Grosso oferece uma recompensa de R$ 10 mil para quem fornecer informações sobre o paradeiro dele. Uma das suspeitas é de que Raffael tenha fugido de Mato Grosso para outro estado. A caçada pelo suspeito continua.

O crime aconteceu no dia 28 de maio, no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá. Odenil estava trabalhando na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Morada do Ouro, para complementar sua renda, quando foi baleado na cabeça. Ele chegou a ser socorrido com vida, passou por cirurgia no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), mas não resistiu e morreu.

Na última semana, o governador Mauro Mendes (União) afirmou que a polícia vai caçar Raffael "ate o quinto dos infernos".

“A polícia não consegue fazer mágica. Nós estamos combatendo algo chamado crime organizado. Mato Grosso resolve 78% dos crimes. Agora, descobrir o autor, identificar, não significa que a gente consiga prendê-lo nesse determinado momento. Mas pode ficar tranquilo que nós vamos caçá-lo até o quinto dos infernos”, destacou o governador.

Já o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Mendes, afirmou que Raffael não vai ficar escondido  por muito tempo e que a polícia vai encontrá-lo. Segundo Mendes, uma força tarefa, liderada pelo secretário de Segurança Pública, César Roveri, está realizando as buscas pelo suspeito e todas as denúncias estão sendo verificadas.

O coronel ainda pontuou que a polícia recebeu informações de que um grupo criminoso está atuando para esconder o suspeito.

“Na última vez que nós conseguirmos pegar o esconderijo dele, foi na região de Juscimeira. Pelos levantamentos, o grupo estava bancando uma família para escondê-lo ali numa gleba. Logo que ele cometer a primeira falha nós iremos capturá-lo”, afirmou.

Montagem/Reprodução

Suspeito de matar sargento da PM, Raffael Amorim de Brito (detalhe) está foragido há dois meses

Odenil era lotado no 3º Batalhão da Polícia Militar em Cuiabá. Ele era natural de Rosário Oeste (104 km de Cuiabá) e ingressou na corporação em 1998.

Possível motivação

Inicialmente, foi apontado de que a morte de Odenil poderia ser uma forma de retaliação  de criminosos pela morte de Micael Oliveira Medeiros,vulgo satã , durante confronto com a Força Tática em 26 de maio, no bairro Jardim Vitória, em Cuiabá. No entanto, segundo o delegado Rodrigo Azem, responsável pela investigação do crime, as investigações não apontam para isso.

A principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá é de que o sargento tenha sido vítima de um latrocínio.

Caçada

Horas após a execução de Odenil, o comandante da Polícia Militar emitiu nota de repúdio pelo ataque e ordenando uma “caçada” ao suspeito. Após isso, as atividades ostensivas da PM aumentaram em Cuiabá e no interior.

Além disso, o Governo de Mato Grosso passou a oferecer uma recompensa de R$ 10 mil por informações sobre o paradeiro de Raffael Amorim de Brito. De acordo com o Governo, a recompensa será paga via Pix. Quem tiver informações sobre a localização de Rafael deve repassá-las pelo disque-denúncia da Polícia Militar: 0800-0653939.

Durante as buscas, no dia 29 de maio, três suapeitos morreram em confronto com a Polícia Militar, em Sinop (a 500 km de Cuiabá), suspeitos de ajudar na fuga de Raffael. Eles foram indetificados como: Lucas Leandro Rodrigues Silveira, 25 anos; Volney Santos Costa Júnior, 32 anos; e Douglas Soares Batista, 36 anos.

Já em 12 de junho, a Polícia Militar recebeu a informação de que Raffael estaria escondido no Complexo Izabel de Campos, em Várzea Grande, onde a irmã dele mora. No entanto, quando os agentes chegaram no local, o suspeito conseguiu fugir. Lá, foi encontrado embaixo do sofá um revólver calibre 38, sem numeração, com seis munições intactas.

Fonte: Rdnews.com.br