Pacientes de Cuiabá cruzam a ponte em busca de atendimento em UPA de VG

Redação RBMT

Com a média de atendimento de 1,4 mil pacientes por dia entre adultos e crianças, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Ipase, em Várzea Grande, está enfrentando superlotação. A administração alega que, além do aumento de casos de síndromes gripais, principalmente em crianças, muitos pacientes de Cuiabá estão procurando a unidade devido à instabilidade que a saúde pública da Capital enfrenta.

A equipe do jornal A Gazeta esteve no local, por volta das 15h desta terça-feira (28), e não havia espaço na recepção para a quantidade de pessoa em espera. Muitos estavam aguardando do lado de fora da porta de entrada. Renata Santos Moraes estava com o filho de 4 anos após chegar às 12h, mas ainda não haviam passado pela triagem.

Com 3 horas de espera, a criança estaria apresentando febre, diarreia e vômito. À equipe do jornal, Anderson Torres, diretor clínico da unidade, mostrou o sistema de atendimento. Por volta das 16h, o maior tempo de espera para triagem era de um adulto, que aguardava há pouco mais de uma hora, logo em seguida uma criança também aguardava há uma hora.

Nathania Nascimento da Cunha estava com o filho de 3 anos. Havia chegado por volta das 11h, já havia passado pela triagem, mas a criança foi considerada faixa azul, ou seja, o caso menos prioritário de atendimento. A mãe conta que o filho estava apresentando febre, diarreia e vômito.

“Eu fui no postinho de saúde, mas eles falaram que o quadro dele era emergência, tinha que vir na UPA, mas a gente chega aqui e eles não consideram emergência”.

De acordo com o sistema, naquela tarde, o maior tempo de espera para atendimento pediátrico era de 3h30, um caso considerado faixa verde, ou seja, leve.

“O amarelo são os casos de febre alta, vômito, diarreia, então os médicos vão dando preferência ao atendimento das urgências. Tem paciente verde que fica até 5 horas esperando, mas tem momentos que o verde fica até 8 horas aguardando, mas não é por que não tem atendimento, mas porque tem muita urgência e emergência”.

O diretor clínico diz que muitas famílias deveriam buscar atendimento em postos de saúde, por não ser urgência, mas lotam a UPA por preferir atendimento no dia e não por agendamento.

Fonte: Gazeta Digital