Modelo de usinas de investimento avança e atrai investidores com projeção de rentabilidade muito acima do CDI
Modalidade ainda em desenvolvimento no mercado, os condomínios solares vêm conquistando espaço entre investidores que buscam previsibilidade, liquidez e retorno acima da média. Também conhecido como usina de investimento, o modelo oferece rentabilidade de até 205% do CDI.
Para cada usina, o retorno estimado pode ultrapassar os R$ 6,3 mil mensais no atual cenário, como explica Lucas Melo, CEO da Sunplena Energia, empresa com sede em Fortaleza que soma mais de 50 usinas e mira encerrar 2025 com 90 construídas.
"A lógica é simples: enquanto o CDI tende a recuar nos próximos anos, a tarifa de energia continua subindo. Isso reforça a atratividade desse tipo de investimento. O investidor começa a receber em até 10 meses, com o pagamento da usina diluído nesse período por medição, sem comprometer sua liquidez", detalha o executivo.
Legenda: Usinas solares da Sunplena em Horizonte, Ceará
Foto: Divulgação/Sunplena
O formato se assemelha ao investimento imobiliário, tanto que o terreno (um lote de aproximadamente 700 m²) onde fica a usina, sempre em condomínios fechados, também é adquirido pelo investidor e se soma ao seu patrimônio.
No caso, a Sunplena desenvolve, constrói, opera e mantém a usina solar, e o investidor adquire uma cota ou a totalidade do empreendimento, sendo remunerado pela venda dessa energia no mercado livre, que também é de responsabilidade da empresa.
“O investidor só se preocupa mesmo em receber o valor do aluguel da sua usina. É como se fosse uma imobiliária. Existe um software que faz a leitura de quanto de energia foi enviada naquele mês para determinado cliente. Toda a parte de gestão do negócio é a Sunplena Energia que faz”, frisa o empresário.
Lucas MeloCEO da Sunplena Energia
O investimento para uma usina padrão é de R$ 315 mil, gerando rendimento de 1,7% a 1,9% ao mês (em torno de 22% ao ano).
Ao longo de 25 anos, período de garantia dos painéis solares, a TIR (Taxa Interna de Retorno) média é de 25% ao ano, podendo variar conforme o custo da energia. Por exemplo, com o acionamento de bandeiras tarifárias mais caras, como a amarela e a vermelha, a remuneração dos investidores fica ainda maior.
"Importante salientar que é um investimento que garante liquidez ao investidor. Ou seja, caso deseje, o investidor pode retirar todos os meses a remuneração e investir em outro ativo ou utilizar como bem entender", ressalta Lucas Melo.
O pagamento da usina pode ser feito ao longo de 10 meses, período em que o investidor já começa a receber os primeiros rendimentos. Esse modelo de financiamento diluído permite que a liquidez não seja comprometida no curto prazo, característica que tem atraído tanto investidores experientes quanto novos entrantes no mercado.
E o payback (tempo de retorno do valor investido) é estimado em 4 anos. Ao longo de 25 anos, a projeção é que os R$ 315 mil gerem uma receita de R$ 3,4 milhões, considerando 9% de inflação tarifária de energia e ainda o Fio B (tarifa cobrada pela distribuidora de energia pelo uso da rede elétrica para transportar a energia gerada por terceiros até o consumidor final).
Legenda: Conjunto de usinas em Pacajus, Ceará
Foto: Divulgação/Sunplena
Os pontos de produção estão espalhados por cidades do Ceará, mas os investidores estão baseados em várias partes do Brasil, como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, e até do exterior (Estados Unidos, Itália e Alemanha), considerando que não há necessidade de acesso físico às usinas — que são monitoradas remotamente em tempo real pela empresa.
Com mais de R$ 25 milhões investidos em empreendimentos até o momento, o modelo da Sunplena aposta na combinação de ativos reais, retorno mensal recorrente e valorização do patrimônio como fórmula para escalar no Brasil.
O plano da empresa é ganhar território nacionalmente com foco em pequenos e médios investidores interessados em diversificação com segurança jurídica e operacional.
O crescimento acelerou após a oferta pública de investimento na plataforma Uinvex, registrada na B3, por meio da qual a Sunplena captou mais de R$ 1 milhão, montante a ser aplicado na construção de mais usinas.
fonte diariodonorddeste
Escrito por
Victor Ximenes
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