"Interventora desmente acusações de prefeito e revela melhorias na Saúde de Cuiabá"

A interventora estadual na Saúde de Cuiabá, Danielle Carmona, afirmou, nesta terça-feira (19), que as acusações feitas por Emanuel Pinheiro (MDB) contra a intervenção não são verdadeiras.

De acordo com Carmona, que está administrando a Saúde da Capital desde março deste ano, as filas para procedimentos cirúrgicos de emergência foram eliminadas, medicamentos foram adquiridos e não há mais relatos de mortes por falta de insumos e medicamentos.

"No passado, pessoas estavam morrendo por falta de assistência em todos os aspectos. Hoje, essa realidade mudou. Temos problemas? Sim, temos! Mas não temos mais pessoas morrendo como baratas. Temos médicos, medicamentos e exames. E os pacientes estão sendo transferidos para leitos hospitalares com dignidade e dentro do prazo adequado", afirmou a interventora.

Essa declaração faz referência às palavras do desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça, que, ao votar a favor da intervenção estadual em março, disse: "Não conhecemos as dificuldades enfrentadas pelo povo cuiabano, que está morrendo como baratas".

Nesta terça-feira, a interventora compareceu à Comissão da Saúde na Assembleia Legislativa, que convocou o Gabinete para esclarecer as denúncias feitas por Emanuel.

O prefeito compareceu à Assembleia no início de setembro e entregou ao presidente Eduardo Botelho (União) um documento com supostas irregularidades que indicariam um déficit de R$ 183 milhões na Pasta após a intervenção.

Emanuel também acusa a intervenção de realizar pagamentos indenizatórios acima do normal. Carmona destacou a falta de gestão nos recursos da Saúde durante a administração do prefeito.

"É óbvio que essa situação decorre de seis anos de gestão irresponsável na Saúde, cabendo ao Gabinete - enquanto a prestação de contas não for regularizada - manter a regulação do serviço de forma precária. Em despesas indenizatórias, foram gastos R$ 9 milhões, sendo R$ 8,4 milhões destinados à aquisição de medicamentos e insumos", afirmou Carmona.