O presidente do Tribunal de Conta de Mato Grosso (TCE-MT), Sérgio Ricardo, afirmou nesta quinta-feira (22) que existem pegadinhas no contrato da Rumo para construção da ferrovia Senador Vicente Vuolo que podem fazer com que o ramal da linha férrea não chegue até Cuiabá.
A Ferrovia, construída pela Rumo, vai passar por 16 municípios, entre Rondonópolis e Lucas do Rio Verde, com um ramal para Cuiabá. O ramal é uma linha secundária que se conecta a uma linha principal.
Segundo Ricardo, existe a promessa de que o ramal passe pela Capital, mas o que se quer é o compromisso, que, segundo ele, não existe até o momento. “Promessa é uma coisa, compromisso é outra”, disse. “Nós queremos o compromisso”, completou, citando que já leu o contrato e visualizou “pegadinhas” com relação ao ramal da linha férrea.
“Tanto que eu já dei uma lida bastante detalhada no processo, no contrato, e depois quero passar uma cópia para vocês. O contrato tem algumas pegadinhas. Tem uma pegadinha que pode permitir que a empresa não leve o ramal até Cuiabá”.
“Tem uma pegadinha no contrato, onde há uma saída que pode, prevendo algum obstáculo, uma série de questões, que isso pode permitir que lá na frente a empresa diga: ‘olha, não vai dar por causa disso que está previsto lá no contrato’. Então, é isso que a gente não quer, a gente não quer, mas vamos cuidar das pegadinhas, para que elas não sirvam como motivo para um dia o ramal não chegar em Cuiabá”, disse o presidente da Corte de Contas, destacando que o TCE vai acompanhar diuturnamente e permanentemente todo o desenrolar das obras.
O presidente vistoriou nesta quinta-feira (22) as obras da Ferrovia Senador Vicente Vuolo e parte da rodovia estadual MT-130, no trecho entre Paranatinga e Primavera do Leste. O senador Wellington Fagundes (PL) também participou da comitiva.
Segundo o conselheiro, na região de Jaciara e de Juscimeira, a ferrovia tem um desvio que vai chegar em Cuiabá. De acordo com Ricardo, os diretores da Rumo garantiram que a ferrovia vai chegar a Cuiabá. “E ela tem que chegar. Cuiabá não pode ficar de fora”.
“O Tribunal de Contas está aqui hoje, vai voltar aqui sempre. Essa é a ponte aqui sobre o Rio Vermelho. Nós estamos aqui nesse momento da obra e vamos voltar aqui a cada trimestre para verificar, vamos percorrer a cada trimestre todo o trecho para ver como está a evolução das obras”, finalizou.
Fonte: olhardireto.com.br
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