@crsf

Bolsonarista que explodiu supermercado não demostra arrependimento

CRIANÇA EM ESTADO GRAVE

Bolsonarista que explodiu supermercado não demostra arrependimento

Redação RBMT

 

O bolsonarista Rodrigo Machado de Oliveira, que explodiu uma bomba no Supermado Tropical, no bairro Vila Operária em Rondonópolis, não demonstrou qualquer sinal de arrependimento, segundo a polícia. O atendado ocorreu no bairro no dia 4 de abril e deixou uma criança em estado grave.

 

Nas redes sociais do suspeito, o homem compartilha publicações em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele também aparece com uma foto de perfil exaltando o ex-presidente.

 

"Não percebemos qualquer sinal de arrependimento no suspeito. Dialogando com sua esposa, ela nos relatou que viu as imagens das pessoas feridas, inclusive mostrou para o conduzido Rodrigo a imagem da criança atingida e ferida, ou seja, quando o suspeito assumiu o atentando e voltou a ameaçar as vítimas proprietárias do supermercado Tropical ele tinha plena ciência dos danos e da violência que praticou", diz trecho do relatório policial sobre o caso.

 

Segundo a polícia, Rafael colocou bombas em dois supermercados. As bombas foram fabricadas por ele mesmo. A ideia dele era cobrar 300 mil em criptomoedas, tipo Bitcoin, e converter para real, na expectativa de não deixar rastros da transação. O autor do crime havia feito contato com o serviço de atendimento ao consumidor do supermercado exigindo o pagamento antes da primeira explosão.

 

No dia 4 de abril, por volta das 18h, em uma das lojas da rede, localizada no bairro Vila Operária, houve a detonação de um artefato explosivo que causou lesão corporal grave em duas pessoas, sendo uma delas uma criança de sete anos, além de lesões em outros clientes.

 

Após a denotação do primeiro artefato, o autor da mensagem fez novo contato com o atendimento ao consumidor da empresa exigindo, novamente, o pagamento sob pena de um novo ataque.

 

Buscas e prisão

Nesta quarta-feira (12), as equipes da Derf cumpriram o mandado na residência do suspeito, Rafale Machado, de 33 anos, localizada no Residencial Farias. No local foram apreendidos objetos utilizados na fabricação dos artefatos explosivos, como pólvora, mecanismo eletrônico de detonação à distância, munições, além da motocicleta e outros objetos usados no crime. Todos os materiais foram encmainhados à perícia oficial da Politec para análise.

 

O autor é barbeiro, não possui passagens policiais e confessou a autoria do crime. Conforme a apuração da Polícia Civil, ele planejou meticulosamente o crime e deu detalhes sobre a execução. A investigação apontou que, em outubro do ano passado, ele deu início ao projeto, com a compra de equipamentos para as bombas, escolha da vítima e planejamento operacional, como o estudo de câmeras de segurança e rotas de fuga.

 

No dia 04 de abril, ele foi até a loja da rede de supermercado e fez o acionamento, após a recusa do proprietário no pagamento da extorsão.

 

Interrogatório

Durante interrogatório na Derf de Rondonópolis, Rafael Machado alegou que tem há mais de 15 anos tem noção de manuseio de explosivos e fabricava bombinhas caseiras. Disse que, no ano passado, teve a ideia de causar prejuízos materiais em "quem tem muito dinheiro" e a rede de supermercado foi a primeira que veio em sua mente, devido ao grande fluxo de pessoas no local, pois poderia se camuflar no meio da multidão e implantar as bombas.

 

O autor do crime disse ainda que em 31 de março, por volta das 8h, colocou a primeira bomba no supermercado da Vila Operária. Após uns 30 minutos, o investigado colocou a segunda bomba na loja do Jardim Tropical.

 

Já em relação à extorsão, ele alegou que a intenção era colocar o dinheiro virtual em uma plataforma chamada Mixer, que reunia milhares de carteiras virtuais, com a intenção de dificultar o rastreio do dinheiro devido ao número expressivo de carteiras.

 

O criminoso relatou ainda que prazo do pagamento era até o final da tarde do dia 4 de abril. Passado o prazo, ele foi de motocicleta ao supermercado, parou a, aproximadamente, 60 metros do local, e acionou a bomba por controle remoto. No dia seguinte, o investigado enviou nova mensagem para saber se o estabelecimento comercial faria o pagamento da quantia exigida em Bitcoins e alegou que já não tinha mais a intenção de detonar a segunda bomba.

 

Fonte: MidiaJur

Faça um comentário // Expresse sua opinião...

Veja os últimos Comentários

Veja também

Botelho defende apoio Estadual a grandes eventos

Botelho defende apoio Estadual a grandes eventos

Na recente entrevista concedida, o deputado Botelho enfatizou a relevância do apoio do governo estadual a grandes eventos realizados na capit...

Subida Acertada: Max e Fábio Garcia se Prepararam para Novos Desafios Políticos em Mato Grosso

Subida Acertada: Max e Fábio Garcia se Prepararam...

 

Na política mato-grossense, o cenário está fervilhando com as movimentações do presidente da As...

Motorista que 'voou' sobre duna de Canoa Quebrada tinha comprado o veículo há menos de 24 horas

Motorista que 'voou' sobre duna de Canoa Quebrada...

O empresário Valécio Granjeiro, 42, havia acabado de comprar a picape Ford Raptor quando