CASO PACCOLA
Testemunhas ouvidas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) afirmam que a namorada do agente socioeducativo Alexandre Miyagwa, 41, Janaína Sá, o incentivou a sacar a arma e "atirar em todo mundo". Os depoimentos constam no inquérito policial concluído em 19 de julho. Num primeiro momento, uma mulher que estava no local citou o pedido, mas ele foi confirmado por outras pessoas na investigação policial.
"Você não é o machão? mostra que você está armado e atira neles aí oh!", exigiu a mulher, conforme relato de testemunhas. "Pega a arma e atira neles", frisou outro interrogado que estava na distribuidora, na rua onde o agente foi morto pelo vereador Marcos Paccola (Republicanos).
Toda confusão começou porque Janaína invadiu a contramão e foi ofendida por um popular. Ela quase atropelou um motociclista ao transitar em alta velocidade pela rua Arthur Bernardes. Quando ela desceu do carro e atravessou a rua para acessar a distribuidora, foi seguida pela vítima. Neste momento passou a discutir e xingar clientes do bar, que a repreenderam por estar na contramão.
A vítima ainda tentou por várias vezes conter a namorada, mas ela estava nervosa e seguia discutindo com os presentes. Neste momento, o agente sacou a arma e apontou para cima. Testemunhas afirmaram que ele não direcionou a mira a ninguém e logo baixou a pistola.
O vereador Paccola já estava na esquina observando o que ocorria e logo atirou contra a vítima pelas costas. Não houve qualquer menção de reação por parte do agente, que caiu e ficou no mesmo local.
Diante do namorado ferido, Janaína enfrentou o vereador e o empurrou por várias vezes. Testemunhas disseram que a vítima não ameaçou a mulher, como o parlamentar argumentou em sua versão dos fatos.
"Todavia, infere-se das imagens que a vítima em nenhum momento esboçou reação alguma, porquanto, sequer viu quem ceifou sua vida", diz trecho do inquérito policial.
Tramitação na Câmara
A vereadora Edna Sampaio (PT) pediu afastamento do vereador para apuração do crime. O requerimento recebeu parecer favorável da Procuradoria da Casa e foi colocado em votação, mas os parlamentares avaliaram que o pedido deve passar pela Comissão de Consitituição e Justiça (CCJ) antes de ser votado em plenário. Como a Câmara entrou em recesso, a votação deve ocorrer somente em agosto.
O caso
Alexandre foi morto pelas costas pelo vereador Marcos Ticcianel Paccola, mais conhecido como coronel Paccola (Republicanos), em 1º de julho, no bairro Quilombo, na região central de Cuiabá. O parlamentar alega ter agido em legítima defesa.
No dia 20, o vereador foi indiciado no inquérito da Polícia Civil por homicídio qualificado.
Fonte: Gazeta Digital
Fernando Frazão/Agência Brasil
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