A senadora Rosana Martinelli (PL) cobrou informações sobre o andamento de seu projeto de lei que visa conceder anistia aos presos envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro em Brasília.
O Projeto de Lei 2.676, de autoria da senadora, ainda não foi analisado na comissão responsável, o que gerou um pedido de urgência para sua tramitação. Martinelli reforçou a importância de discutir o tema em uma audiência pública, já solicitada por meio de um requerimento à Comissão de Direitos e Democracia.
Martinelli destacou que, apesar de não acobertar crimes relacionados à depredação de patrimônio público, acredita que houve injustiças no tratamento dos presos.
“Nós não somos soberanos da verdade, mas também acreditamos que foram cometidas muitas injustiças. Os direitos de muitas pessoas foram violados. Todos foram colocados numa vala comum, e nós não estamos aqui acobertando quem cometeu irregularidades referentes ao patrimônio: depredar patrimônio público é crime, mas tem muita gente inocente”, afirmou.
A senadora reiterou o pedido para que os projetos de anistia sejam colocados em votação no Congresso, mesmo que a proposta não avance.
“Coloquem em apreciação, coloquem apreciação na Casa para, realmente, vermos quem é que está a favor da anistia, quem é que está contra. Tem sete presos, há mais de um ano e meio, ainda sem uma acusação formal. Então, nós não podemos compactuar com esse tipo de situação. Isto temos que falar realmente, precisamos da anistia referente aos patriotas de 8 de janeiro”, destacou.
O projeto de anistia beneficiará aqueles que participaram das manifestações do dia 8 de janeiro, mas que, segundo a senadora, não cometeram crimes graves, como a destruição da sede dos Três Poderes, em Brasília. O episódio aconteceu em 2023, logo após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente. Manifestantes radicais invadiram e depredaram os prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto.
A senadora também foi alvo de investigação sobre os ataques antidemocráticos. O ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão do passaporte e o bloqueio de suas contas por supostamente estar ligada ao movimento.
Fonte: olhardireto.com.br
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