Trégua tarifária entre Pequim e Washington deveria expirar na terça-feira (12)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva estendendo a pausa nas tarifas norte-americanas sobre importações chinesas por mais 90 dias, disse uma autoridade da Casa Branca na segunda-feira (11), a apenas algumas horas para que as tarifas dos EUA sobre produtos da China voltassem a níveis de três dígitos.
A ordem veio após uma resposta evasiva de Trump aos repórteres sobre se ele estenderia as tarifas mais baixas, um dia após ele ter instado Pequim a quadruplicar suas compras de soja dos EUA.
Uma trégua tarifária entre Pequim e Washington expiraria na terça-feira (12), às 04h01 no horário de Brasília.
A ordem impede que as tarifas norte-americanas sobre produtos chineses cheguem a 145%, enquanto as alíquotas do país asiático sobre produtos dos EUA devem chegar a 125%, taxas que teriam resultado em um embargo comercial virtual.
"Veremos o que acontece", disse Trump em entrevista coletiva, quando questionado sobre como planejava estender o prazo. "Eles têm lidado muito bem. O relacionamento é muito bom com o presidente Xi [Jinping] e comigo."
As importações da China estão atualmente sujeitas a tarifas de 30%, incluindo uma alíquota básica de 10% e 20% em tarifas relacionadas ao fentanil, impostas por Washington em fevereiro e março. A China acompanhou a flexibilização, reduzindo sua alíquota sobre as importações dos EUA para 10%.
Em maio, as duas partes anunciaram uma trégua na disputa comercial após negociações em Genebra, Suíça, concordando com um período de 90 dias para permitir novas negociações. Eles se encontraram novamente em Estocolmo, Suécia, no final de julho, mas não anunciaram um acordo para estender o prazo.
Kelly Ann Shaw, uma importante autoridade comercial da Casa Branca durante o primeiro mandato de Trump e agora na Akin Gump Strauss Hauer & Feld, disse que esperava que Trump estendesse a "distensão tarifária" por mais 90 dias na segunda-feira.
"Não seria uma negociação no estilo Trump se não fosse até o último momento", disse ela, acrescentando que Trump também poderia anunciar progressos em outros aspectos do relacionamento econômico como pano de fundo para conceder a extensão.
"O motivo da pausa de 90 dias, em primeiro lugar, foi estabelecer as bases para negociações mais amplas e houve muito barulho sobre tudo, desde soja a controles de exportação e excesso de capacidade no fim de semana", disse ela.
Ryan Majerus, ex-funcionário comercial dos EUA, atualmente no escritório de advocacia King & Spalding, recebeu bem a notícia.
"Isso, sem dúvida, reduzirá a ansiedade de ambos os lados à medida que as negociações prosseguem e os EUA e a China trabalham em direção a um acordo-quadro no outono", disse.
"Tenho certeza de que os compromissos de investimento serão considerados em qualquer possível acordo, e a extensão lhes dará mais tempo para tentar resolver algumas das preocupações comerciais de longa data."
A Casa Branca se recusou a comentar além das declarações de Trump. O Departamento do Tesouro e o Gabinete do Representante Comercial dos EUA não responderam aos pedidos de comentário.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que Washington tem tudo para fechar um acordo com a China e que estava "otimista" quanto ao caminho a seguir.
Trump pressionou por concessões adicionais no domingo (10), instando a China a quadruplicar suas compras de soja, embora analistas questionassem a viabilidade de tal acordo. Trump não reiterou a exigência nesta segunda.
Mas Washington também vem pressionando Pequim para parar de comprar petróleo russo, com Trump ameaçando impor tarifas secundárias à China.
fonte CNN brasil
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