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Vereador diz que empresa quer concluir obras do VLT apenas em Cuiabá

EM TROCA DE CONCESSÃO

Vereador diz que empresa quer concluir obras do VLT apenas em Cuiabá

Um grupo empresarial está disposto a concluir a obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) no trecho entre o Porto e a Avenida do CPA, em Cuiabá. A informação foi divulgada pelo vereador Wilson Kero Kero (Podemos), durante a sessão ordinária de quinta-feira, 16 de fevereiro, na Câmara Municipal.

 

O parlamentar comentou que a empresa apresentou a ideia de assumir o projeto na modalidade de Parceria Público-Privado (PPP), custeando todo o projeto até a sua conclusão, para depois operar o serviço.

 

“Um grupo empresarial que está disposto a aportar recurso necessário para fazer o VLT em Cuiabá, do Porto ao CPA, e poderia estender até o Pedra 90, o que seria ideal. Um grupo totalmente saudável a nível de PPP. Eles aportariam todo o recurso necessário, a título de exploração, e o município entraria com quase nada, já que Várzea Grande abdicou, já está terminando a retirada dos escombros. Em Cuiabá não tem o que retirar”, destacou.

 

Kero Kero defendeu a retomada das discussões sobre o modal e afirmou que pretende levar a informação ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e o vice-prefeito José Roberto Stopa (PV) para iniciarem as tratativas para uma possível retomada das obras do VLT.

 

O vereador apontou que a medida apresentada pela empresa é melhor do que a proposta do governo, de retirar o que foi implantado do VLT para construir um BRT (Ônibus de Transporte Rápido).

 

“Um grupo ligado a uma multinacional muito forte quer trazer essa discussão em Cuiabá, quer marcar uma reunião ampliada com o prefeito, e vou encaminhar isso. Já falei previamente com ele [prefeito]. A proposta é que seja a título de PPP: faz a obra, gasta-se empresarialmente do bolso para depois explorar, para não fazer o BRT com mais R$ 500 milhões ou R$ 600 milhões, e depois o governo do Estado bancar esse dinheiro e passar para iniciativa privada. Negócio de pai para filho, também queria um negócio desse para mim”, frisou.

 

NOVELA SEM FIM

Em 2017, o governo decidiu rescindir o contrato com o consórcio VLT após a deflagração da Operação Descarrilho, que apontou a ocorrência de fraudes na licitação, associação criminosa e corrupção ativa e passiva durante o processo de escolha do VLT.

 

O modal deveria ser implantado para a Copa do Mundo de 2014, com objetivo de mostrar Cuiabá como uma cidade moderna, porém nunca foi concretizado.

 

Após realizar uma série de estudos técnicos, o governo decidiu trocar o VLT pelo BRT. Na época, o governo anunciou que precisaria investir mais R$ 763 milhões para concluir o VLT. Já a construção do BRT custaria R$ 300 milhões a menos.

 

Atualmente, a discussão do tema ocorre no âmbito político entre os adversários Mauro Mendes (União) e Emanuel Pinheiro, que divergem sobre o modal.

 

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