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Vereador eleito Rafael Ranalli promete formalizar denúncia sobre suposto elo de facção criminosa na Câmara de Cuiabá

Vereador eleito Rafael Ranalli promete formalizar denúncia sobre suposto elo de facção criminosa na Câmara de Cuiabá

 

 

O vereador eleito Rafael Ranalli (PL) anunciou que apresentará uma denúncia formal contra colegas da Câmara Municipal de Cuiabá por supostas conexões com uma facção criminosa. O policial federal afirmou que sua iniciativa será oficializada em 1º de janeiro, logo após tomar posse como vereador.

 

Ranalli explicou que, embora nada o impeça de passar as informações que possui para a Polícia Civil antes de ser empossado, ele prefere formalizar a denúncia após a posse. “A denúncia eu vou fazer no dia que eu tomar posse. Eu quero fazer essa denúncia já como vereador, porque eu lembro a todos que eu não sou vereador ainda. No primeiro dia vou fazer um ofício sigiloso. Vou fazer a coisa formal e quem vai investigar e levantar prova é a Polícia”, afirmou.

 

O futuro parlamentar mencionou ainda que está disposto a dialogar com a cúpula da Polícia Civil e o secretário de Estado de Segurança Pública, César Roveri, além do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), para avançar com as investigações. “Vou falar com o Roveri, vou falar com a cúpula da Polícia Civil, vou tentar contato com o Gaeco. O que eu puder fazer para levar adiante as investigações vou fazer”, garantiu Ranalli.

 

As declarações do vereador eleito vieram em resposta à fala do prefeito eleito Abilio Brunini (PL), que acusou uma facção de financiar a eleição da Mesa Diretora da Câmara com ofertas de até R$ 200 mil por voto. Ranalli corroborou a denúncia, destacando a gravidade da situação. “Agora o que o Abilio trouxe foi uma denúncia de bastidor e eu reforço a fala dele. Realmente houve essa denúncia nos bastidores de que já tem sido até levantado valores na casa de R$ 200 mil por voto. Então assim, nos espanta, eu como policial fico espantado”, disse.

 

Ranalli também mencionou a surpresa manifestada por alguns vereadores, mas lembrou que esse tipo de situação não é novidade. “Muitas pessoas se dizendo surpresas, até vereadores se dizendo surpresos. Antes da eleição prendemos um membro do Comando [que é] vereador. Gente, não é coisa de hoje, não é coisa da eleição, já existia”, concluiu, referindo-se à prisão de Paulo Henrique (MDB), acusado de ligação com a facção.

 

 

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