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Presidente do STF dá 72h para MP explicar ação contra aumento do IPTU em Cuiabá

RECURSO DA PREFEITURA

Presidente do STF dá 72h para MP explicar ação contra aumento do IPTU em Cuiabá

Redação RBMT

 

A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 72 horas para o procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz Júnior, explique suas razões para questionar o reajuste da planta genérica de valores em Cuiabá, o que levou ao aumento no valor do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Em alguns casos, o imposto chegou a aumentar 300%. O despacho foi publicado no final da tarde de quarta-feira, 6 de abril.

 

A suspensão do reajuste do IPTU foi determinada pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, em decisão unânime, em julgamento realizado no dia 30 de março - quinta-feira passada. A decisão atendeu pedido feito pelo Ministério Público Estadual (MP-MT).

 

“Sem prejuízo da apreciação da liminar, intimem-se o Procurador-Geral de Justiça do Estado de Mato Grosso (autor da ação principal), na condição de interessado, para manifestação, no prazo de setenta e duas horas (72h) [...]. Após, ao Procurador-Geral da República”, diz o despacho.

 

O processo na Justiça Estadual foi relatado pela desembargadora Serly Marcondes. Ela destacou que a majoração veio em um momento inapropriado, pois o cenário econômico ainda está em recuperação pós-pandemia, sem perspectiva de melhora em curto prazo. Ela determinou que o município refaça os cálculos e emita novos boletos.

 

Apesar de reconhecer que o aumento na taxação encontra amparo em estudo técnico e na realidade do mercado imobiliário, a relatora ressaltou que não pode perder de vista a inflação acumulada nos últimos 12 anos, que está em 5,6%.

 

Na segunda-feira, 3, a Prefeitura de Cuiabá ingressou com um pedido de suspensão de liminar no STF, alegando que a decisão do Tribunal de Justiça levaria à perda de aproximadamente R$ 110 milhões em arrecadação já prevista pelo Município. O documento aponta que o valor do lançamento do IPTU em 2022 foi de R$ 345,7 milhões. Já para este ano, o Município previa arrecadar R$ 468,1 milhões.

 

"Diante de todo o exposto, evitando-se prejuízo a esta municipalidade, principalmente aos munícipes e ao planejamento das políticas públicas em andamento, requer, seja sustada a decisão guerreada, em virtude da demonstração da plausibilidade das razões invocadas e a urgência na concessão da medida, já que os efeitos nefastos decorrentes da manutenção da decisão impugnada se mostram demasiadamente graves e irreversíveis", diz trecho do pedido.

 

Enquanto aguarda o julgamento do recurso no STF, a Prefeitura de Cuiabá já notificou os bancos para que não recebam o IPTU com valor reajustado.

 

Fonte: Estadão Mato Grosso

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