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História produzida em MT ganha destaque em festivais de roteiro

Roteiristas agora trabalham para que a história saia do papel e ganhe as telas

História produzida em MT ganha destaque em festivais de roteiro

ANDRELINA BRAZ

DA REDAÇÃO

Ao ouvir "Zigzagueou" na voz de Danilo Caymmi, a roteirista cuiabana Juliana Capilé imaginou uma história onde o amor zigzagueia entre mãe e filha. Junto com a companheira Tati Horevicht, ela transformou essa inspiração em um premiado roteiro de cinema.

Ela fala sobre duas pessoas que viram uma estrela cair e não fizeram um pedido

 

A história de "Estrela Cadente", o primeiro longa-metragem de Capilé, que já foi premiada no universo dos curtametragens, retrata a tentativa de uma mãe, através da música, de se reconectar com a filha em coma.

 

“Foi a letra da música que me encantou. Ela fala sobre duas pessoas que viram uma estrela cair e não fizeram um pedido. Na história [do roteiro], é mãe e filha que nunca se deram bem a vida toda, e quando a mãe encontra a filha, ela está em coma, vítima de violência doméstica”, relata Juliana.

 

Na tentativa de se conectar com a filha, a mulher, que já foi uma cantora de sucesso, canta diversas canções, incluindo "Zigzagueou", e relembra o período em que ambas viram uma estrela cadente.
 

Além da inspiração na música, o cenário cuiabano se torna protagonista, com a capital mato-grossense servindo de locação para uma obra que retrata a obscuridade da violência doméstica.

 

“A história se passa em Cuiabá. Isso causava incômodo, porque a gente não vê nossa cidade nas telas nacionais, e isso incomoda, principalmente para quem produz audiovisual. Vemos a riqueza de Cuiabá não só na parte cultural, mas também na riqueza de histórias e cenários, e isso precisa estar nas telas. É uma urgência”, declara Tati.

 

O roteiro ainda está no papel, mas já ganha reconhecimento e admiração a cada festival de que participa. No mês de agosto, "Estrela Cadente" se destacou entre 81 roteiros inscritos no Festival Cabíria de Roteiro, em São Paulo, conquistando o terceiro lugar.

 

Outra conquista foi a participação na semifinal do prêmio Frapa de longa-metragem, realizado em Porto Alegre e que visa dar destaque a roteiros produzidos na América Latina.

 

“É bem emocionante ver o primeiro roteiro assim. É o primeiro longa-metragem da Ju, e eu participo como co-roteirista pela primeira vez. Então, este é o primeiro roteiro de longa que chega a festivais e concursos de roteiro e consegue uma premiação”, afirma Tati.

 

“É muito gratificante, é uma honra. Isso aponta que estávamos no caminho certo”, acrescenta Juliana.

 

Companheirismo

 

Acervo pessoal

Juliana Capile e Tati

Equipe de produção do roteiro

A comovente história nasceu de maneira orgânica entre as roteiristas. Juliana Capilé já ganhou destaque no audiovisual por meio da roteirização e direção de outras obras, como o curta-metragem "O Menino e o Ovo". Já Tati Horevicht é atriz e também desenvolve papel na preparação de elenco.

 

Apesar de trabalharem juntas em outras obras, a produção de "Estrela Cadente" trouxe algo inédito no mundo do cinema para ambas. O companheirismo transcendeu a vida pessoal, influenciando a arte em meio a conversas, comentários e admirações mútuas.

 

“A gente é companheira, e ela sempre colaborou com o que eu escrevia. Como ela era atriz, sentia a personagem e dizia: ‘Ela não falaria assim’. Quando eu percebi que ela estava contribuindo e não apenas opinando, falei que ela deveria entrar como roteirista, e a história ganhou corpo”, explica Juliana.

 

Além da concisão da história narrada, as roteiristas agora trabalham na possibilidade de a história sair do papel e ganhar as telas. A etapa de captação de recursos ainda está sendo estudada.

 

Assim que saiu o resultado da premiação Cabíria, Juliana e Tati tiveram a oportunidade de conversar com o estúdio Globo para debater sobre o pitch da história.

 

“Já tive uma conversa com alguns diretores da Globo e foi bem interessante porque foi com os finalistas do prêmio Cabíria. Foi interessante porque foi a primeira vez que apresentei o roteiro para alguém que poderia filmar, e isso despertou interesse porque Cuiabá é raramente retratada no cinema”, declarou Juliana.

 

Idealizado por Juliana Capilé e Tati Horevicht, o roteiro é uma coprodução da Paralelo 15, produtora audiovisual com sede em Cuiabá.

 

Fonte:MidiaNews.com.br

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