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IA aumentará desigualdades entre homens e mulheres, diz diretor da OIT

O surgimento dessa nova tecnologia em 2022, com a chegada do ChatGPT da OpenAI, prometeu revolucionar a economia global

IA aumentará desigualdades entre homens e mulheres, diz diretor da OIT

A automatização do trabalho gerada pela inteligência artificial (IA) afetará mais as mulheres, o que pode aumentar as desigualdades em relação aos homens, alertou o diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT) nesta segunda-feira (10), durante a cúpula da IA em Paris.

A IA, e em particular a IA generativa, capaz de produzir todos os tipos de conteúdo, já está causando impacto no mundo do trabalho e “sabemos que a maioria dos empregos que serão automatizados serão empregos em que teremos uma maioria de mulheres trabalhando”, disse Gilbert Houngbo durante uma mesa redonda no Grand Palais em Paris, onde estão reunidos líderes políticos e do mundo tecnológico.

Essas categorias de empregos que “serão destruídos, portanto, aumentarão a lacuna entre homens e mulheres. Isso é algo que devemos ter em mente”, continuou.

“Se as empresas puderem substituir os trabalhadores por robôs, é muito provável que o farão”, também previu Houngbo.

O surgimento dessa nova tecnologia em 2022, com a chegada do ChatGPT da OpenAI, prometeu revolucionar a economia global.

O chefe da agência da ONU lembrou, no entanto, que por enquanto a IA cria mais empregos do que destrói, embora esses novos empregos possam ser “menos bem remunerados e menos bem protegidos”.

No total, espera-se que a inteligência artificial tenha impacto em 2,3% dos empregos no mundo todo, ou cerca de 75 milhões de empregos, de acordo com estimativas da OIT.

“Pessoas que escrevem para a televisão, pessoas que trabalham em call centers, todas essas pessoas estão extremamente preocupadas que a IA reduza sua autonomia ou as substitua completamente”, concordou Christy Hoffman, secretária-geral da federação sindical internacional UNI Global Union.

Para garantir que esses trabalhadores não fiquem de fora, é necessário “apoio real por meio de um sistema de proteção social”, assim como um “treinamento contínuo” para os funcionários, defendeu Gilbert Houngbo.

“Não é realmente a inteligência artificial que vai tirar os nossos empregos, mas sim a falta de preparação para desenvolver novas habilidades no contexto da IA”, disse.
 

 

fonte leia já 

AFP

Foto: Pixabay

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