Manobras Estratégicas: Federações Partidárias se Mobilizam para as Eleições de 2026 em Mato Grosso e no Brasil

Na quarta-feira (23), o União Brasil e os Progressistas (PP) anunciaram a formação de uma federação partidária em Mato Grosso, que será liderada pelo governador Mauro Mendes (União Brasil). A informação foi divulgada pelo ex-senador Cidinho Santos, uma das principais lideranças do PP no estado, e representa o resultado de meses de negociações.

O acordo foi fechado pouco após a reunião do Diretório Nacional do PP em Brasília, que havia aprovado a continuidade das tratativas para a criação da federação com o União Brasil. A nova aliança, que será chamada de União Progressista, será oficializada em um evento marcado para a próxima terça-feira (28), em Brasília.

De acordo com o entendimento firmado, o partido com o maior número de parlamentares eleitos em cada estado terá a liderança das federações regionais. Em Mato Grosso, essa responsabilidade ficará com o União Brasil, permitindo que Mendes orquestre as chapas para deputados federal e estadual, além de articular candidaturas ao Governo do Estado e ao Senado nas eleições de 2026, nas quais ele é visto como um potencial candidato ao Senado.

As federações partidárias foram instituídas na legislação eleitoral brasileira em 2021 como uma alternativa às coligações. Ao contrário das coligações, que operam apenas durante o período eleitoral, as federações exigem que os partidos atuem como uma única unidade por um período mínimo de quatro anos, compartilhando decisões e alinhando suas diretrizes em todo o país. Assim, a Federação União e PP deverá atuar unida nas eleições de 2026, que incluirão a escolha de presidente, governadores, deputados federais e estaduais, além das eleições municipais de 2028.

Apoios e Federalizações Futuras

Simultaneamente às articulações entre União Brasil e PP, o deputado Max Russi, presidente da Assembleia Legislativa e futuro filiado ao Podemos, manifestou seu apoio à possível federalização entre o Podemos e o PSDB em nível nacional. Em suas declarações, Russi expressou concordância com essa união, destacando a importância de alianças estratégicas para o cenário político atual.

"A união entre Podemos e PSDB é uma boa proposta, e espero que isso aconteça para fortalecer a oposição e trazer resultados positivos", afirmou Russi, que planeja se filiar ao Podemos em março de 2026, assim que as restrições contratuais permitirem a mudança.

Esse cenário de cooperação entre partidos e a formação de federações promete influenciar substancialmente a configuração política e as disputas eleitorais nos próximos anos, tanto em Mato Grosso quanto em todo o Brasil.